Demanda de energia crescerá 4,3% ao ano

24/01/2014

O consumo de energia elétrica no país vai crescer 4,3%, em média, nos próximos dez anos, segundo a EPE (Empresa de Pesquisa Energética), que divulgou um estudo com previsões de consumo de 2014 a 2023.

Os dados serão utilizados como subsídio para a formulação do PDE (Plano Decenal de Expansão de Energia) e do PNE (Plano Nacional de Energia de Longo Prazo). De acordo com as novas estimativas, o crescimento médio anual da demanda total de eletricidade será de 4,3% ao longo da próxima década, atingindo 781,7 terawatts-hora (TWh) em 2023, contra os atuais 514 TWh.

Para 2014, a previsão da EPE, encarregada de pensar o planejamento energético do país, é que haja um crescimento do consumo de 3,8%, com destaque para os setores comercial, com alta de 4,4%, e residencial, com crescimento de 4,1%. Segundos dados preliminares da empresa, o aumento do consumo de energia será maior que o do ano passado

A taxa de 2014 será superior à do ano passado, quando o consumo de energia cresceu 3,5%, segundo dados preliminares apurados pela EPE.

A taxa de crescimento médio anual para os próximos dez anos está, segundo a EPE, “em linha com o cenário adotado  para o crescimento da economia no período”, medida pelo PIB (Produto Interno Bruto), que é também de 4,3% ao ano.

A EPE acredita que o setor industrial, que vem registrando índices de queda de demanda ou de crescimento próximo a zero, deve apresentar recuperação frente aos anos anteriores.

Ainda segundo a empresa de pesquisa, este ano, a indústria deve apresentar uma taxa de crescimento do consumo de eletricidade na rede de 3,4%, contra a alta de 0,6% registrada no ano passado.

Nas projeções decenais do estudo, os setores comercial e residencial continuarão liderando o aumento do consumo, com taxas de 5,5% e 4,3% ao ano, respectivamente. O consumo industrial de energia entre 2014 a 2023 deverá manter o ritmo de 3,4% ao ano.

O setor comercial terá seu peso no consumo de energia na rede aumentado de 18% em 2013 para 21% em 2023; enquanto o setor industrial vai reduzir a participação total de 40% para 37%, apesar de se manter como o principal setor consumidor de eletricidade no país.

 

Fonte:
Correio do Estado