Corretoras ganham canal para atrair os estrangeiros
09/01/2009
A CMA está consolidando seus laços internacionais e abriu uma porta para as corretoras brasileiras captarem investidores no exterior interessados em negociar ações na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) ou derivativos na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). A fornecedora de softwares de negociação eletrônica criou um sistema de execução de ordens que permitirá que aplicadores de qualquer ponto do planeta comprem e vendam ativos no Brasil, numa conexão direta com uma rede de corretoras nacionais.
Batizado de CMA Trade Solution, o pacote que será lançado amanhã inclui o gerenciamento de ordens de compra e venda em tempo real, avaliação de performance das carteiras conforme a variação dos ativos e ferramentas de análises de risco, de acordo com a exposição do investidor. Abrange também outros mercados mundiais. “O sistema tem grande pontencialidade para as corretoras brasileiras aumentarem seus volumes de operação trazendo clientes internacionais para operar no mercado brasileiro”, diz o diretor geral da CMA, Romualdo Salata.
Ele conta que nas localidades onde a CMA tem presença – que inclui Estados Unidos, Canadá e países da Europa, Ásia e América Latina – já há cerca de 90 corretoras aptas a negociar ativos no mercado brasileiro. E, por aqui, das 53 corretoras que são clientes da empresa no home broker, o sistema de negociações de ações pela internet, 17 já assinaram a extensão do serviço internacional. Lá fora, o público-alvo é formado por corretoras, fundos de investimento e administradores de recursos próprios e de terceiros, o que em última instância inclui o investidor individual.
Até aqui, esses investidores tinham de executar suas ordens com as corretoras locais por telefone ou por via eletrônica, mas a transferência das informações exigia adaptações tecnológicas dos dois lados. E como esses aplicadores costumam operar grandes volumes, o envio das ordens pela internet não é considerado um meio de todo confiável, livre de erros, diz Salata.
Depois de se firmar como fornecedora de soluções tecnológicas para o mercado financeiro e na consultoria para o agronegócio, por meio da CMA Safra, a empresa também enveredou pela pesquisa. Há cerca de 60 dias, montou um departamento de análise voltado para os mercados de ações, câmbio e derivativos. Fundada no Brasil em 1973, a CMA tem subsidiárias nos Estados Unidos, Madri, Lisboa, Argentina, Uruguai, Colômbia e Chile e tem clientes em 35 países.
Fonte:
“Valor Econômico”
06/11/06