Classes A e B passam a comprar mais produtos de preço intermediário

09/01/2009

SÃO PAULO – As marcas de produtos que possuem preços intermediários, abaixo daqueles praticados pelos líderes do mercado, ganharam significativo espaço na cesta de compras das classes A e B, segundo revela uma pesquisa realizada pela LatinPanel entre outubro ano passado e março de 2005.

De acordo com o estudo, 42% dos gastos das famílias pertencentes a estes estratos sociais se destinam à compra de itens de custo intermediário. Ao se considerar o comportamento das classes C, D e E, a parcela do desembolsos reservada a estes produtos fica em 43%, fração praticamente igual à verificada nos grupos de maior renda.

Melhor custo-benefício
A explicação para as maiores aquisições de produtos de preços intermediários pelas classes A e B é que, ao longo dos últimos anos, a maioria destes itens passou por um processo de ganho de qualidade, o que os tornou mais atraentes do ponto de vida do custo-benefício.

Há alguns anos, o produto que mantinha a liderança de mercado em determinado segmento, além de ser mais caro e consumido prioritariamente pelas classes A e B, também apresentava qualidade superior a da concorrência. Este paradigma parece não se aplicar mais para o presente, segundo comprova a pesquisa da LatinPanel.

O novo hábito de consumo das famílias de maior renda, contudo, não pode ser confundido com uma total semelhança aos desembolsos realizados pelos segmentos sociais menos favorecidos. Prova disso, o mesmo estudo revela, por exemplo, que os detergentes líquidos comprados pelas classes C, D e E são, na média, 58% mais baratos que os adquiridos pelas classes A e B. Na categoria de cremes e loções, esta diferença fica em 41%.

Info Money
21/6/2005