China cresce 10,2% no primeiro trimestre

09/01/2009

Apesar dos esforços do governo para restringir a expansão, exportações e empréstimos estimulam a economia

EXAME A China cresceu 10,2% no primeiro trimestre, segundo anunciou o presidente Hu Jintao, às vésperas de embarcar para uma visita oficial aos Estados Unidos. Apesar dos esforços do governo para restringir a expansão, a fim de que o crescimento acelerado não pressione a inflação e sobrecarregue a infra-estrutura do país, o bom desempenho das exportações e o aumento do volume de crédito continuaram estimulando a economia no início do ano.

Anunciado em março, o plano qüinqüenal da China prevê um crescimento médio do PIB de 7,5% ao ano, entre 2006 e 2010 – bem abaixo, portanto, do desempenho verificado de janeiro a março. O governo também pretende investir fortemente no aumento da eficiência energética e na melhoria dos controles ambientais.

O resultado do primeiro trimestre aumentará as pressões americanas para que a China permita uma maior valorização de sua moeda, o renminbi. A campanha dos Estados Unidos para Pequim flexibilizar sua política cambial já dura mais de um ano. Em 2005, a China reviu a paridade cambial com o dólar e permitiu uma valorização de 2,1% em sua moeda. Desde então, a moeda chinesa se apreciou mais 1,1%.

Na reunião ministerial de sexta-feira (14/4), o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, afirmou que os principais problemas da economia são “o rápido crescimento do investimento e do crédito, e um fluxo relativamente alto de capitais para o país”. Os bancos chineses emprestaram 1,1 bilhão de renminbis (cerca de 137 bilhões de dólares) no primeiro trimestre. O valor é aproximadamente metade da meta total de crédito deste ano – 2,5 bilhões de renminbis. O fluxo de capitais também está crescendo a uma média anual de 19%, contra a meta oficial de 16%.

O superávit comercial da China foi de 23 bilhões de dólares no primeiro trimestre, mas o grande fluxo de capitais para o país fez com que as reservas internacionais subissem em ritmo mais acentuado – cerca de 56 bilhões de dólares.

Fonte:
Portal Exame