Chávez nacionaliza a Sidor, que afeta a Usiminas

09/01/2009

O vice-presidente da Venezuela, Ramón Carrizales, confirmou ontem que o governo assumirá o controle da unidade venezuelana da siderúrgica Ternium, conhecida como Sidor. O presidente Hugo Chávez tomou a decisão de assumir o controle da companhia, afirmou Carrizales, ontem à tarde.

Há um mês, a Sidor enfrenta uma dura negociação trabalhista. Por conta das dificuldades, as conversas foram paralisadas recentemente. No ano passado, Chávez ameaçou em várias ocasiões nacionalizar a companhia, mas o governo acabou se tornando sócio minoritário da siderúrgica. Atualmente, o Estado venezuelano tem 20% de participação, os trabalhadores controlam outros 20% e os 60% restantes pertencem à Ternium, com sede em Luxemburgo, mas controlada pelo grupo industrial argentino Techint.

Usiminas

A reestatização da Sidor afeta a Usiminas, a maior siderúrgica brasileira, que tem 16,6% das ações do Consórcio Amazônia, empresa controladora da Sidor. O Consórcio Amazônia detém 60% das ações da Ternium-Sidor.

A Usiminas entrou no Consórcio Amazônia com a Techint em agosto de 2005, quando foi criada a empresa Ternium, destinada a exercer o controle das siderúrgicas Siderar (Argentina), Sidor (Venezuela) e Hylsamex (México). O investimento da siderúrgica brasileira no consórcio foi de US$ 100 milhões, de acordo com informações da Usiminas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte:
A Tarde online