Capital de risco: investimentos disparam no segundo trimestre deste ano
26/07/2021
Os investimentos em startups no segundo trimestre de 2021 crescem a níveis inesperados até mesmo para especialistas do setor, informa o jornal italiano Il Sole 24 Ore.
A notícia, publicada no último dia 20 de julho, afirma que só no segundo trimestre, as rodadas fechadas pelas empresas inovadoras atingiram a cifra global de 156,2 bilhões de dólares. Isso mostra um crescimento de 157% em relação ao mesmo período de 2020.
Como consequência da entrada de capitais no setor, os três meses analisados também registraram uma incrível onda de nascimentos de unicórnios. Ao todo, 136 startups ultrapassaram o valor de um bilhão de dólares contra 128 em todo o ano de 2020 (+ 491%). Os dados são do relatório publicado pela Cb Insights.
Mercado internacional
De acordo com a publicação, os Estados Unidos dominaram o trimestre com quase a metade das operações (70 bilhões).
Em termos de setores, a fintech lidera com um dólar para cada 5 investidos (22%), num total de 33,7 bilhões de dólares.
Il Sole 24 Ore informa que o tamanho médio dos negócios também está crescendo: rodadas com mais de 100 milhões triplicaram no período de três meses.
Já no ranking de capital de risco, destaca-se o trabalho da Tiger Global. A empresa fez 1,3 negócios por dia útil no último trimestre, elevando o total para 81 investimentos. Entre os três maiores investidores ativos estão Andreessen Horowitz (64) e Sequia Capital China (62).
Europa
Na Europa, de acordo com o jornal, foram realizadas 3.470 operações em seis meses (ante 5.731 em todo o ano de 2020). A valorização foi de 50,8 bilhões de dólares, ante 39,1 bilhões em todo o ano passado.
No entanto, as operações permanecem ainda no early stage (69%), seguido pelo mid stage (10%) e late stage (8%).
Quanto às saídas, há um forte predomínio europeu de operações de F&A (925), enquanto as cotações na Bolsa permanecem em 57.
A Grã-Bretanha lidera com 7,6 bilhões investidos em 482 negócios. Já a Alemanha contou com investimentos de 5,8 bilhões em 204 negócios e a França, com 4 bilhões em 231 negócios.
Imagem: Jorge Salvador/Unplash (editada)