Brasileiros focam em 13º salário para pagar dívidas, mostra ACSP

12/11/2014

Pesquisa da Associação Comercial de São Paulo revela que 28,9% dos brasileiros vão usar a primeira parcela do 13º salário para pagar dívidas – há um ano, eram 24,5%.

Já 20% dos consumidores ouvidos para o levantamento disseram que vão utilizar o benefício para poupar, ante 20,4% em novembro de 2013.

“Quase metade dos brasileiros vai usar a primeira parcela do 13º salário para quitar dívidas ou poupar, o que mostra que o consumidor está mais cauteloso, responsável, consciente. Isso sugere também que ele pode estar preocupado com as definições e mudanças na política econômica e, por isso, opta por fazer uma reserva”, ressalta Rogério Amato, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp). Ele completa que contribui para essa cautela o cenário macroeconômico observado de um ano para cá, com juros mais altos e crédito mais escasso.  ?

Ficaram praticamente estáveis as intenções de comprar presentes (20% contra 18,4% há um ano), roupas (2,2% ante 2%) e alimentos para festas de fim de ano (2,2% contra 2%). Já reformar a casa será opção de 4,4% dos consumidores – em 2013, eram 4,1%.

Mais gente vai viajar neste ano com a primeira parcela do 13º salário: 8,9% contra 6,1% no ano passado. A explicação pode estar no fato de os brasileiros terem se programado para viajar depois da Copa e, também, na expectativa de que o dólar suba em 2015.

13º salário: R$ 158 bi na economia

Para se ter uma ideia da importância do 13º salário para a economia e para o varejo, o pagamento das duas parcelas do benefício vai injetar R$ 158 bilhões na economia, segundo o Dieese. O valor equivale a cerca de 3% do PIB.

O Dieese também estima que 84,7 milhões de brasileiros contarão com o dinheiro extra e que cada consumidor receberá, em média, R$ 1,774 mil.

A pesquisa

O levantamento, encomendado pela ACSP ao Instituto Ipsos, foi feita entre 16 e 31 de outubro em 22 estados brasileiros, por meio de mil entrevistas domiciliares, usando amostra probabilística com cota representativa do eleitorado a respeito de sexo, idade, educação, PEA (População Economicamente Ativa), e região (PNAD e TSE). A margem de erro é de três pontos percentuais.

 

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