Brasil realiza seminário para investidores em Davos

09/01/2009

Mais de 100 altos representantes de grandes empresas mundiais estão sendo esperados no “Brasil e Parceiros: Oportunidades de Investimento”, o terceiro seminário do gênero do governo Lula, voltado para atração de investimentos externos. Esta edição, que acontece no dia 29 de janeiro, em paralelo ao Fórum Econômico Mundial de Davos, quer repetir o sucesso alcançado com os eventos realizados anteriormente em Genebra (janeiro de 2004) e Nova York (junho de 2004), que reuniram mais de 500 CEOs e executivos de grandes corporações de todo o mundo.

Em Davos, a delegação brasileira será chefiada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e será composta ainda pelos ministros José Dirceu, Celso Amorim, Antônio Palocci, Luiz Fernando Furlan e pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. A intenção do governo é mostrar as mudanças ocorridas no Brasil desde a última participação do presidente Lula em Davos, em janeiro de 2003, logo depois que tomou posse como presidente da República. As autoridades apresentarão os resultados das medidas e reformas realizadas nesses dois anos para fortalecer a economia brasileira e as ações do governo para incentivar o crescimento econômico e a geração de empregos e estimular o investimento produtivo.

O governo priorizou como convidados investidores de setores como energia, infra-estrutura, construção civil, institucionais (fundos, seguradoras), e aqueles incluídos na Política Industrial (software, semicondutores, bens de capital e fármacos, com interesse igualmente em investimentos voltados para a integração física da América do Sul. Entre os que já confirmaram presença estão Carly Fiorina, presidente da HP, Alberto Weisser, presidente da Bunge, Alain Belda, presidente da Alcoa, e Uriel Sharef, vice-presidente da Siemens.

O Brasil entrará com o mote “Crescimento, estabilidade, credibilidade”, despontando como um país que cresce com desenvolvimento sustentado, mostrando a confiança no seu futuro e mantendo-se como protagonista confiável, como integrante e parceiro no desenvolvimento mundial.

O Seminário “Brasil e Parceiros”
O tom do encontro consistirá na apresentação do Brasil, sob uma ótica macro-econômica, como um destino favorável aos investimentos estrangeiros. Será mostrado o aumento da participação do Brasil no mercado mundial, a melhoria do poder de compra da população, os bons resultados do crescimento industrial, a manutenção da estabilidade e as potencialidades do País.

Depois da abertura pelo presidente da República, no hotel Belvédère, o primeiro a se apresentar será o ministro Palocci, que irá falar sobre as medidas implementadas para redução do custo dos investimentos e a retomada da produção industrial e do emprego, na palestra “Consolidando a Estabilidade Macroeconômica”.

Na seqüência o presidente do BC, Henrique Meirelles, se apresenta com o tema “Brasil e a Construção do Crescimento Sustentado”, no qual falará sobre a política cambial, crédito, e redução da vulnerabilidade externa.

Furlan, na palestra “Brasil: Oportunidades de Investimentos”, mostrará a evolução da balança comercial, os resultados da Política Industrial, a demanda por infra-estrutura, e apresentará o País como um lugar com ambiente empresarial favorável e indústria diversificada.

A parte da manhã se encerra com a palestra “Novas Bases para o Desenvolvimento Sustentável”, do ministro Dirceu, que apresentará as reformas já realizadas (tributária, previdenciária e judiciária) e aquelas em andamento, além de esclarecer sobre as oportunidades surgidas com a aprovação do projeto de Parcerias Público-Privadas (PPPs).

No almoço, além do discurso do presidente da República, a executiva Carly Fiorina mostrará a experiência da HP no Brasil e a perspectiva da empresa para os próximos anos. Na parte da tarde, os ministros terão audiências privadas com empresários.

Nos últimos anos, o Brasil foi o segundo maior mercado de destino do fluxo de Investimento Estrangeiro Direto (IED) para países emergentes. O país vem logo atrás da China. O Brasil recebeu, entre 2000 e 2003, US$ 82 bilhões em IED. De acordo com dados da UNCTAD, esse valor representou 56% de todo o fluxo direcionado para a América do Sul no período considerado. Em 2004, o Brasil recebeu US$ 18,166 bilhões de IED, face aos US$ 10,144 bilhões em 2003, o que representou um crescimento de 79% no ano.

Até o final de 2005, o governo espera atrair cerca de US$ 20 bilhões em IED, voltados principalmente para a integração da América do Sul, nas áreas de infra-estrutura, energia, indústria e serviços.

O papel do MDIC
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior é o coordenador do Grupo de Trabalho Interministerial criado para organizar os encontros “Brasil e Parceiros”, e já vem atuando desde os eventos de Genebra e Nova York. A APEX-Brasil, com sua nova atribuição de atração de investimentos, apóia a parte operacional do seminário, juntamente com a Sala do Investidor e o Ministério das Relações Exteriores.

O ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, parte para Davos no dia 26 de janeiro, onde deve participar, no âmbito do Fórum Econômico Mundial, de painéis sobre o papel da América Latina e os 10 anos da OMC.

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