Brasil quer crescer no mercado odontológico
09/01/2009
SÃO PAULO, 17 de outubro de 2006 – As exportações brasileiras de equipamentos odontológicos, incluindo consultórios, e de materiais de consumo em geral, como resinas, artigos para implantes e laser, devem superar a projeção de crescimento de 15% feita pelas empresas do segmento no início do ano. Em 2005, o setor exportou US$ 63 milhões, cifra que já representou um aumento de 17% em relação ao ano anterior. Para Hely Audrey Maestrello, diretor-executivo da Abimo (Associação Brasileira da Indústria, Artigos e Equipamentos Médicos Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios), o avanço de 33% nas vendas de todos os segmentos que a entidade representa, no primeiro semestre, é um indicador de que as vendas externas de equipamentos odontológicos devem ultrapassar facilmente a previsão de crescimento de 15%.
Atualmente, mais de 70 países compram regularmente produtos odontológicos brasileiros, que não deixam nada a desejar aos equipamentos fabricados em países do primeiro mundo. ‘Esse aumento de nossas exportações pode ser atribuído ao alto nível dos produtos em termos de certificação, qualidade e preço competitivo’, afirma. ‘Há empresas que estão em mais de 90 países.’ Entre os tradicionais compradores, segundo ele, estão países como Rússia e México.
Para impulsionar as vendas no mercado externo, a Abimo atua em parceria com a Apex-Brasil (Agência de Promoção de Exportações e Investimentos, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior). Como resultado dessa ação conjunta, um grupo de representantes de empresas brasileiras do setor pôde participar da 34ª edição da Expodental, feira realizada na Itália entre os dias 4 e 7 deste mês. ‘O mais importante da participação na feira é a diversidade de países com quem os empresários brasileiros puderam entrar em contato’, diz Maestrello.
Mas também foram fechados negócios durante o evento. Segundo ele, contratos fechados durante a feira somaram mais de R$ 274 mil. Para os próximos 12 meses, a estimativa é de que a feira renda aproximadamente US$ 1,74 milhão em contratos de exportação para o setor. As empresas brasileiras fecharam negócios com 11 países diferentes, entre eles Alemanha, China e a própria Itália, mas representantes de 62 nações passaram pelo pavilhão da Abimo e da Apex.
Apesar do desempenho positivo, na avaliação de Maestrello o câmbio continua sendo o principal obstáculo para as vendas externas do setor. ‘Se não fosse o câmbio baixo, estaríamos com uma exportação muito maior. Muitas empresas, especialmente as pequenas, continuam no mercado apenas para manter o cliente, na esperança de que o cenário melhore’, reclama.
Fonte:
Tatiana Freitas
InvestNews