Brasil e Venezuela decidem avançar em estudos sobre gasoduto

09/01/2009

O Brasil e a Venezuela assinaram na quinta-feira uma carta de intenções para acelerar estudos de viabilidade do primeiro trecho do chamado Gasoduto do Sul.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu colega venezuelano, Hugo Chávez, assinaram o documento em um encontro paralelo à Cúpula do Mercosul. O trecho inicial do Gasoduto do Sul vai de Guiria (na Venezuela) a Recife, no nordeste do Brasil.

A união energética do continente é uma iniciativa sustentada por Chávez e o projeto vem sendo estudado há anos pelas estatais Petrobras e Petróleos de Venezuela (PDVSA).

De acordo com o presidente da estatal brasileira, José Sérgio Gabrielli, o primeiro trecho do gasoduto terá 5 mil quilômetros e será alimentado com metade da produção do gás do campo de Mariscal Sucre, na Venezuela, com o equivalente a 17 milhões de metros cúbicos por dia.

A conclusão da engenharia básica do projeto está prevista para dezembro de 2008, segundo nota conjunta de Brasil e Venezuela. Se for aprovada a construção da obra, ela poderá ser finalizada em quatro anos.

Quando terminado, o gasoduto alcançará também Argentina, Bolívia, Paraguai e Uruguai. O gasoduto completo tem um custo estimado em torno dos 20 bilhões de dólares. Especialistas já declararam que o projeto é inviável, por seu custo e pela natureza acidentada do terreno que ele atravessaria.

Mais projetos

A carta de intenções também engloba outros projetos envolvendo a PDVSA e a Petrobras. Segundo Gabrielli, a empresa brasileira terá participação de 40 por cento nos negócios na Venezuela, com controle da estatal local.

Na Venezuela, a Petrobras avalia participar do desenvolvimento de cinco campos maduros de petróleo e do campo de gás de Mariscal Sucre, da produção de óleo pesado em Carabobo e de uma refinaria no país para melhorar o óleo superpesado da faixa do Orinoco.

No Brasil, a PDVSA será sócia da Petrobras em uma refinaria em Pernambuco, com controle da empresa brasileira.

Fonte:
Clicabrasilia