Brasil deve atrair mais capital entre países da América Latina
09/01/2009
O fluxo de capital para os mercados emergentes deve dar um salto na América Latina de quase US$ 10 bilhões, ao passar de US$ 46 bilhões em 2006 para US$ 55 bilhões em 2007. O aumento será alavancado pela economia brasileira, que deve ser a única da região a ter um desempenho melhor do que o obtido no ano anterior.
O crescimento do PIB brasileiro, previsto para 3,8%, ajudará a equilibrar o estrago causado pela provável desaceleração da economia venezuelana, que deverá crescer metade dos 10,4% alcançados em 2006. Os dados são do relatório “Fluxo de Capitais para Mercados Emergentes 2007”, do Instituto Internacional de Finanças (IIF na sigla em inglês), divulgado na manhã de ontem.
A associação global de instituições financeiras reúne 360 membros de 60 países e faz anualmente previsão do comportamento econômico e do dinheiro estrangeiro que deve entrar na economia de 30 países considerados emergentes.
De acordo com o relatório, o crescimento do PIB da América Latina cairá de 4,8% para 4,2%. Apesar disso e de o fluxo de investimento direto no Brasil estar projetado para os mesmos US$ 13 bilhões de 2004/2005, o IIF acredita que o país deve ser o destino que atrairá mais investimento de portfólio em toda a região (US$ 12 bilhões) e metade de todo o investimento líquido (US$ 26 bilhões).
De resto, o relatório é otimista em relação à saúde econômica global, ao afirmar que o fluxo de capitais para mercados emergentes em geral deve ficar em US$ 470 bilhões em 2007, longe do valor do ano passado (US$ 502 bilhões) e do recorde histórico (US$ 509 bilhões em 2005), mas um número robusto se comparado aos valores do começo da década.
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