Bolsas mundiais de novo no vermelho por crise do crédito imobiliário
09/01/2009
PARIS, 15 Ago 2007 (AFP) – As bolsas mundiais continuam sendo sacudidas nesta quarta-feira pelos persistentes temores causados pela crise do crédito imobiliário de risco nos Estados Unidos (o “subprime”).
As Bolsas de Paris, Londres e Frankfurt evoluíam no vermelho depois de um recuo marcado nas bolsas asiáticas.
As bolsas de Londres e Paris abriram nesta quarta-feira em forte retrocesso, 1,05% a britânica e 1,4% a francesa, enquanto que a de Frankfurt perdia 0,45%, com um mercado temeroso devido à crise das hipotecas de risco nos Estados Unidos.
O CAC 40 parisiense é o que mais tem sofrido os efeitos da crise nos Estados Unidos, e nesta quarta-feira perde 1,40%, a 5.402,14 pontos. Já o Footsie 100 de Londres perde 64,4 pontos (-1,05%) a 6014,7 unidades. E o Dax alemão tem uma queda moderada, 0,45% a 7.391,48 pontos.
O índice Nikkei da Bolsa de Tóquio fechou a sessão desta quarta-feira com uma forte queda, de 2,19%, como conseqüência dos temores de um agravamento da crise, que afeta as exportações, segundo os operadores.
A queda dos títulos do Mitsubischi UFJ Financial Group, o maior banco do mundo em ativos e o segundo valor de maior capitalização na bolsa japonesa, arrastou o Nikkei em sua queda. Os títulos da entidade caíram 5,26% nesta quarta.
O mercado japonês teme que os fundos de investimento, impotentes para recuperar os créditos pela crise do “subprime”, tentem compensar as perdas vendendo em massa as ações japoneses, o que implicaria a queda do valor dos títulos de inúmeras empresas do país.
Além disso, as ações das grandes empresas exportadoras japonesas estão sendo penalizadas pela forte revalorização do iene em relação ao dólar.
O Banco do Japão (BoJ) também anunciou que vai retirar dois trilhões de ienes (17 bilhões de dólares) do mercado monetário para fazer frente a uma queda dos juros.
O BoJ anunciou primeiro que retirará 1,5 trilhão do sistema e depois 500 bilhões a mais. Com essas novas operações, o banco central japonês já retirou 3,6 trilhões de ienes (26,155 bilhões de dólares) do sistema monetário desde a véspera.
Um funcionário do BoJ assinalou que a decisão foi adotada depois de um novo retrocesso das taxas de juros, o que sugere que há suficiente liquidez no sistema bancário japonês, apesar das preocupações sobre a crise de créditos imobiliários americana.
O governo fez um pedido de calma aos investidores e afirmou que a economia do país resistirá sem problemas a crise dos chamados créditos “subprime”, que provoca temores nos mercados mundiais.
O índice Hang Seng da Bolsa de Hong Kong fechou em queda de 2,87%, enquanto que Cingapura retrocedeu 3,35%. Xangai terminou com uma leve baixa depois de realizações de lucro (-0,06%), mas chegou a cair 2,26% no início da tarde, hora local.
No fechamento, Sydney também perdeu 3,03%, Taipé 3,57% e Manila 4,08%. A bolsa da Nova Zelândia cedeu 1,53%.
A bolsa de Seul, fechada por causa de um feriado, também cedeu na véspera 1,70%, já que muitos investidores venderam seus títulos por medo de uma crise mundial. Mumbai também não abriu por causa dos festejos pelo 60º aniversário da independência da Índia.
Fonte:
AFP