Bolsas asiáticas fecham em alta com China em busca de mais consumo

25/05/2015

As bolsas asiáticas fecharam em alta nesta segunda-feira (25), em dia marcado por mais uma sinalização do governo chinês de que pretende adotar novas medidas para estimar a economia do país e um novo acordo entre China e Hong Kong para ampliar a interação entre os mercados de ações das duas regiões. Mais cedo, o ministério de Finanças da China afirmou que pretende cortar tarifas alfandegárias de alguns itens importados, como cosméticos, calçados e roupas. As reduções seriam em média de 50%, em mais uma tentativa de incentivar o consumo no país e, com isso, dar apoio ao crescimento econômico. A meta do país para 2015 é crescer 7,0%, depois de um avanço de 7,4% em 2014.

Além disso, autoridades da China e Hong Kong anunciaram um acordo por meio do qual gerentes de ativos dos dois mercados poderão realizar a venda de seus fundos para investidores de varejo entre os dois lados. A novidade, que deve começar a valer no dia 1º de julho, sinaliza para mais abertura do mercado de capitais chinês. As duas notícias aumentaram o interesse dos investidores pela compra de ações, o que levou o índice Xangai Composto a um avanço de 3,35%, para 4.813,80 pontos, o maior patamar em sete anos. É o quinto ganho seguido da Bolsa de Xangai. Em Hong Kong, o índice Hang Seng teve alta de 1,70%, a 27.992,83 pontos. Em Taiwan, o aumento foi de 0,1% para o índice Taiex, para 9.645,17 pontos. Na Coreia do Sul, o índice Kospi subiu 1,10%, para 2.146,10 pontos. Na Oceania, as ações negociadas na Bolsa de Sydney foram impactadas pelo discurso realizado na sexta-feira pela presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Janet Yellen, que disse que a autoridade monetária estava "no caminho" para subir as taxas de juros dos Estados Unidos ainda em 2015. A fala enfraqueceu o dólar australiano e impulsionou os papéis das mineradoras. O índice S&P/ASX 200 encerrou o dia em alta de 1,00%, com ganho de 1,55% para a Rio Tinto e de 0,79% para a BHP Billiton.

Fonte: Jornal do Comércio