BNDES vai financiar R$ 12,5 bilhões para ferrovias em 4 anos

09/01/2009

Rio, 5 de Janeiro de 2007 – A despeito das críticas sobre a falta de investimentos em infra-estrutura, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) quadruplicou os recursos para ferrovias no ano passado e prevê manter o fôlego. O presidente do banco, Demian Fiocca, revela que o setor receberá investimentos de R$ 12,5 bilhões nos próximos quatro anos, dos quais metade será financiada pela instituição. Entre os projetos, a recuperação da Brasil Ferrovias, o Anel Ferroviário de São Paulo- projeto que está sendo analisado pelo banco e que deve ser construído pela MRS Logística-, a compra de vagões e locomotivas e a construção da Transnordestina.
Em 2006, a instituição aprovou financiamento de R$ 2,18 bilhões para empresas do setor, após um total de R$ 476 milhões em 2005. Ontem, o BNDES anunciou que vai financiar as ferrovias do Grupo ALL com R$ 1,12 bilhão. O crédito representa cerca de 40% dos investimentos da companhia nos próximos três anos, de R$ 2,87 bilhões. Do total de recursos emprestados pelo banco de fomento, R$ 138,4 milhões irão para a Brasil Ferrovias.
Os investimentos aumentarão a capacidade transporte de carga nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, ao longo de 12 mil quilômetros de extensão de malha, de acordo com anúncio do BNDES. Fiocca ressaltou que o projeto trará melhorias a um dos principais eixos de transporte de carga do país, que permite o escoamento da produção do Centro Oeste para o porto de Santos.
O projeto financiado prevê a modernização da via permanente, construção de novos pátios de cruzamento, reforma de vagões e locomotivas, modernização de sistemas operacionais e o aumento da capacidade de terminais de movimentação de cargas. Serão construídos viadutos nas cidades de Paranaguá, Londrina, Ponta Grossa e Piraquara, no estado do Paraná.
Também serão efetuadas obras de implantação dos contornos dos municípios de Curitiba (43 km) e Joinville (16,9 km) e, no Estado de São Paulo, cercamento da via permanente no trecho da Baixada Santista (9 km) , com a construção de dez passarelas, além do isolamento das linhas ferroviárias no Porto de Santos.
O diretor de Serviços e Tecnologia da ALL, Paulo Basílio, afirmou que, passado o período de recuperação da empresa, o foco agora serão os indicadores de produtividade da Brasil Ferrovias. “Daqui para frente, nosso foco vai ser de crescimento em produtividade”, disse Basílio.
kicker: Neste volume, ALL terá R$ 1,1 bilhão para atualização de linhas, de novos pátios de cruzamento, reforma de vagões e locomotivas

Fonte:
Gazeta Mercantil
Sabrina Lorenzi