Bancos, varejo e construção são os mais beneficiados com grau de investimento
09/01/2009
SÃO PAULO, 6 de maio de 2008 – Analistas são consensuais ao afirmarem que papéis do setor bancário, construção civil e varejo são os mais beneficiados com o grau de investimento (investment grade) brasileiro, concedido na última quarta-feira pela agência de classificação de risco Standard & Poor’s. Também acredita-se que as ações de empresas que trabalham com alavancagem sentirão os impactos positivos da notícia.
“Para o mercado de capitais, o investment grade trará redução do custo de captação, investimento de longo prazo e incremento da oferta de crédito. Neste contexto, beneficiam-se os bancos – com a redução dos custos de funding e, na outra ponta, aumento da concessão de crédito – e empresas que trabalham com alavancagem, como as do setor de construção civil”, afirma Luciana Leocadio, chefe da área de análise da Ativa Corretora.
O analista de renda variável do Daycoval Asset Management, Guilherme Pereira, também destacou as empresas que possuem dívida em dólar, em função da apreciação do real frente à moeda estrangeira, e empresas do setor de educação. “As empresas do segmento educacional sofreram uma depreciação após o agravamento da crise norte-americana. O setor estava muito concentrado em estrangeiros, que deixaram o papel. Porém, desde seus ingressos na Bovespa, as empresas apresentaram os resultados prometidos”, ressalta.
A Planner Corretora de Valores também acredita que, dentre as ações que podem se destacar com o investment grade, são as de consumo doméstico e as financeiramente alavancadas, pois o grau de investimento permitirá que elas se financiem a taxas mais baratas.
“Com o investment grade, espera-se uma mudança na qualidade dos investimentos – prazos mais longos e saída de recursos de curto prazo”, completa Celso Boin, chefe da área de análise da Link Corretora.
Entre quarta e sexta-feira da semana passada, dentre os papéis do Ibovespa que apresentaram as maiores variações estão B2W Varejo ON (30,6%), Rossi Residencial ON (24,3%), Lojas Americanas PN (24%); Cyrela Realty (21%) e Gafisa ON (19,6%).
Fonte:
Gazeta mercantil
(Vanessa Correia – InvestNews)