Balança comercial bate recorde de exportações em março
09/01/2009
A balança comercial brasileira de março teve um recorde: US$ 11,367 bilhões em exportações, o maior valor de vendas externas já registrado em um só mês.
As importações no mês, de US$ 7,686 bilhões, também quase superaram a marca histórica de agosto de 2005 (US$ 7,689 bilhões).
O saldo da balança comercial ficou positivo em US$ 3,681 bilhões em março, resultado da diferença entre as exportações de US$ 11,367 bilhões e as importações de US$ 7,686 bilhões.
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, celebrou o desempenho das transações comerciais brasileiras. Destacou que a corrente de comércio do país (exportações mais importações) superou a marca dos US$ 200 bilhões nos 12 meses encerrados em março e somou US$ 200,693 bilhões. Ele lembrou ainda que a meta para 2007 é de 215 bilhões de comércio total.
Citando os dados divulgados hoje, Furlan comemorou o patamar recorde de exportação em março. Em entrevista nesta tarde, Furlan voltou a defender a modernização da legislação que rege os movimentos cambiais.
“Temos uma lei para períodos de escassez (de dólares)”, disse ele, argumentando que agora há forte oferta de moeda, principalmente com os saldos recordes da balança comercial. Ele também reforçou sua defesa pela proposta para a flexibilização de algumas normas cambiais, em avaliação no Congresso.
O ministro mencionou que é possível tomar outras medidas de desburocratização para incentivar as vendas externas, sobretudo para as transações de pequenos e médios exportadores.
“Para pequenas empresas, o custo com operações de compra e venda de moeda pode representar de 6% a 10% de uma transação.” Segundo ele, o Banco Central – “que vê com bons olhos a reforma cambial” – gasta hoje 90% do tempo de fiscalização em operações cambiais de pequenas proporções.
“Quem sabe fazer uma liberalização ainda maior para operações de pequeno valor, evitando que houvesse necessidade de intermediações financeiras mais complexas”, sugeriu, dando como exemplo as facilidades oferecidas pelo câmbio para turistas.
Na última sexta-feira, o Conselho Monetário Nacional aprovou uma medida que contempla exatamente esse perfil de exportadores.
Corretoras, distribuidoras e financeiras foram autorizadas a fazer operações de câmbio simplificado, exclusivas para esse segmento empresarial.
Essas instituições poderão fechar contratos cambiais de até US$ 20 mil, destinado a exportações (Simplex), e de até US$ 10 mil para importações (Simplim) de pequenos empreendedores. Até agora, só os bancos eram autorizados a fazer essas operações.
Fonte:
Uol Economia
Com informações de
Valor Online e Reuters