Ações econômicas para atenuar a crise política
09/01/2009
Brasília, 15 de Agosto de 2005 – Medidas incluem a definição da nova taxa básica de juros e a votação da MP do Bem. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva joga sua âncora na economia para resistir ao maremoto da crise política. E tem pela frente, nesta semana, decisões no âmbito do Executivo essenciais para levar adiante a estratégia de manter-se firme no comando do País pelos próximos 16 meses e meio.
Entre as ações de governo que estão na agenda imediata, despontam a definição da nova taxa básica de juros e a votação das MPs do Bem e do salário mínimo na Câmara dos Deputados. Também há a discussão sobre nova elevação da meta do superávit primário – de 4,25% para 5% do PIB – e a definição de projetos na área de infra-estrutura que dependem do Orçamento da União.
O mercado financeiro tem a expectativa de que a atual taxa Selic será mantida em 19,75% ao ano. A cantilena é conhecida. Momentos de turbulência política exigem cautela e conservadorismo. Já segmentos importantes do setor produtivo, como a indústria e o comércio, reforçaram nos últimos dias o lobby para convencer o Banco Central a começar, na quarta-feira, a redução dos juros. Alegam que, com a inflação sob controle, é preciso baratear o crédito e dar impulso aos novos investimentos. Fazer a roda da economia girar ainda mais.
No Congresso, a cartada principal será a votação, pelo deputados, do salário mínimo de R$ 384,29 aprovado pelo Senado na semana passada.
Fonte:
Gazeta Mercantil/1ª Página – Pág. 1
Daniel Pereira e Sérgio Prado
15/8/2005