Nova criação por parte dos arquitetos italianos concerne um novo protocolo de sustentabilidade para edifícios considerados históricos. O manual se chama “GBC Historic”, com validade mundial. É um protocolo de certificação voluntária do nível de sustentabilidade das intervenções da conservação, requalificação, recuperação e integração dos edifícios históricos, com diversas destinações de uso. Por ser uma nova criação relativa ao mundo da sustentabilidade em relação ao meio ambiente, o protocolo tem como sua área de influência, em primeiro lugar, arquitetos e engenheiros, além de toda a sociedade, sem nenhuma exceção.
Sempre em mérito a área de influência referida, este tipo de atenção, que também é diretamente ligada ao turismo, impacta visitantes de museus, bibliotecas e outras atrações culturais pelo planeta. A tal propósito, Marco Mari, vice-presidente do GBC Itália, pensa que se encontrarão vários obstáculos na adaptação de estruturas antigas ao novo protocolo.
Motivo principal e causa primária da criação do manual foi a falta de normas em mérito ao argumento, colocando-se como objetivos o melhoramento da qualidade da sustentabilidade nos prédios antigos e o aprofundamento da economia energética com consequente diminuição dos danos à natureza, seja na utilização quotidiana que na restauração da mesma estrutura.
Algumas das construções históricas já fazem uso da sustentabilidade, afirmam os autores do manual. Exemplos marcantes são as obras e as estruturas de Veneza onde foi necessário, por causa das condições ambientais da morfologia do território, desenvolver metodologias de exploração da chuva (caixas e recipientes para água, poços). Além do aspecto hídrico, as construções venezianas aproveitam de outros elementos naturais, entre os quais vento e luz natural, evitando o recurso de elementos artificiais como ar condicionado ou lâmpadas elétricas.
Mari ainda aponta a lacuna que havia na eficiência da mensuração da sustentabilidade nas reestruturações de construções antigas. É o “GBC Historic” que traz esta oportunidade. O ponto de força, fundamental do protocolo, consta na criação de uma carta de identidade do edifício histórico, o qual deve levar em conta a sustentabilidade para conservar as construções testemunhas da civilização.
Em referência a tudo isto, o Brasil encontra um campo fértil de aplicação diante de tudo que foi dito, por apresentar exemplos de localidades como Olinda (com mais de 3000 edifícios protegidos), Rio (com cerca de 2500 estruturas) e Porto Alegre (com cerca de 3000 obras igualmente antigas), entre outras, nas quais colocarem a mão. Portanto, só o Brasil já é um território no qual existe a necessidade de muito trabalho para a temática supre citada.
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