Multinacionais criticam mudanças na Lei do Petróleo, aponta jornal

15/08/2008

O plano do governo brasileiro de mudar a Lei do Petróleo, em virtude das descobertas de megacampos de óleo na camada pré-sal, foi criticado por multinacionais do setor e pela Agência Internacional de Energia (AIE). Segundo as empresas e a entidade, o País vai precisar de investimentos externos para retirar os recursos do subsolo marinho. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

Segundo dados do banco suíço UBS, apontados pela reportagem, a extração de todo o potencial das reservas do pré-sal vai exigir investimentos de US$ 600 bilhões. Para o presidente mundial da Exxon, Rex Tillerson, como o preço do petróleo está em alta, há uma tendência a se cortarem a alianças. Segundo ele, é necessário resistir a essa prática, pois nacionalismos "não são bons para ninguém".

De acordo com as empresas, o governo está arriscando mudar as leis sem saber o valor do barril do petróleo no futuro. Caso o patamar seja inferior ao atual, o País pode ter dificuldades para angariar os recursos para a exploração das novas reservas, informou o jornal.

Ao Estado de S. Paulo, Olivier Appert, presidente do Instituto Francês do Petróleo, afirmou que o comportamento brasileiro está em linha com uma onda de "nacionalismo energético" que já atingiu Rússia, Venezuela, Irã e Bolívia.

 

Fonte:
Terra