Europeus:investimentos além de acordo entre UE e Mercosul

09/01/2009

A pausa nas negociações entre Mercosul e União Européia (UE) não impedirá os investimentos europeus no Brasil. A afirmação foi a tônica dos discursos de abertura do II Fórum Europeu, iniciado nesta quarta-feira, 27, em São Paulo. O evento é um esforço para estimular o intercâmbio comercial entre as empresas brasileiras e européias.

“O Brasil tem se firmado como um potencial mercado consumidor dos produtos europeus, ao mesmo tempo que funciona como base para exportação na América Latina”, disse o embaixador da França no Brasil, Jean de Gliniasty. Segundo ele, não se pode esquecer que a UE é responsável por 25% das vendas externas brasileiras e que a França foi, em 2004, o quarto maior investidor no país.

Yves Jadoul, presidente das Eurocâmaras, concorda com Gliniasty e afirma que os investimentos (europeus) diretos no Brasil devem continuar a trajetória de crescimento. Para isso, reforça, “as câmaras de comércio terão papel fundamental no estreitamento das relações entre as partes”.

O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, lembrou que graças ao trabalho dos 38 Eurocentros espalhados pelo país, tem sido possível aproximar indústrias nacionais das européias. Segundo ele, o Eurocentro sediado na Fiesp já promoveu 50 rodadas de negócios voltadas para pequenas e médias empresas, movimentando um total de 50 milhões de Euros.

No entanto, apesar da intensa relação comercial, Skaf acredita que ainda há muito espaço para crescimento e que as negociações entre Mercosul e UE podem colaborar para esse avanço. Mas ressalta: “É preciso haver flexibilidade entre os dois lados para que se chegue ao melhor resultado.”

Fernanda Cunha Agência Indusnet/Fiesp