Missão de industriais italianos virá ao Brasil no início de 2006
09/01/2009
BRASÍLIA – Declaração conjunta divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores após encontro do chanceler e vice-primeiro-ministro italiano, Gianfranco Fini, com o ministro Celso Amorim, informa que uma missão da Confederação Nacional das Indústrias Italianas virá ao Brasil no início de 2006 .
Esta missão virá “com o objetivo de estabelecer contatos com empresas brasileiras interessadas em parcerias industriais”. No documento, os dois ministros destacam a cooperação técnica bilateral nas áreas de cultura, ciência e tecnologia e indústria criativas. E concordam em manter troca de informações sobre as negociações Mercosul-União Européia.
Segundo o chanceler brasileiro, em entrevista coletiva no Palácio Itamaraty, “o ministro Fini trouxe na sua bagagem um grande número de idéias e muito entusiasmo que nos servirá de energia para proporcionar a nossa cooperação”.
Sobre a possibilidade do Brasil exercer uma vaga permanente no Conselho de Segurança da Organizações da Nações Unidas (ONU), Amorim disse que existem divergências entre os dois países, mas que talvez com o tempo elas desapareçam. “Vendo a ONU em longo prazo creio que todos nós queremos uma organização mais forte. Um Conselho de Segurança tem que ser mais ativo, mais legítimo, mais representativo e com maior efetividade na sua ação”, acrescentou.
Amorim defendeu a criação de um bloco sul-americano, para que no futuro não só o Brasil possa ocupar uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU, mas também outros países da América do Sul: “Isso contribui para que haja maior equilíbrio de forças e esse é o sentido do nosso trabalho”.
A declaração conjunta informa que os chanceleres brasileiro e italiano concordam quanto “à necessidade de reformar as Nações Unidas, de modo a tornar a Organização melhor aparelhada para lidar com os desafios que enfrenta a comunidade internacional”.
Sobre a reunião do G-8, grupo dos países mais industrializados do mundo e a Rússia, a partir de amanhã (6), na Escócia, Amorim disse que gostaria de ver o grupo ampliado: “Nós não somos revolucionários, nós somos reformistas. É por isso que nós aceitamos participar da reunião”.
Panorama Brasil
6/7/2005