San Paolo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte.

27/06/2004

Contido entre a dança e o esporte, Kataklò Athletic Dance Theatre aventura-se em novas formas expressivas, propondo -primeiro grupo na Itália ? uma maneira de representação teatral que nasce da fusão entre esporte e dança, acrobacia e ?body art?, execução de ginástica de alto nível e pura poesia.

Kataklò é um termo grego que significa ?eu danço me curvando e me contorcendo?. Basta tê-los visto uma vez no palco para entender que um nome mais adaptado não se poderia encontrar. Kataklò é um caleidoscópio de figuras em contínua movimentação e mutação. Nas suas mãos, nos seus braços, nas suas pernas de atletas olímpicos, o esporte se torna dança, para transformar em jogos, para se transformar em pura forma, transformar-se em ?cartoon?, para condensar-se em ?tableau vivant?. E o esporte se transforma em arte.

Ela é Giulia Staccioli, estrela incomparável da ginástica rítmica e por diversos anos componente dos Momix. Ele é Andrea Zorzi, pilar do vôlei mundial. É 1995 e os dois, juntos com um pequeno grupo de atletas, se lançam em um ambicioso projeto de fazer nascer do esporte uma nova forma de dança. Assim nasce Kataklò, da qual Giulia é coreógrafa e Andrea diretor técnico e ?pintor da luz?. Imediatamente o grupo conquista um público amplo e transversal superando cada barreira de idade, língua, cultura.

Kataklò são atletas-dançarinos que enchem o espaço cênico de grande energia. Os seus espetáculos derivam de um rigoroso trabalho de equipe e de uma atenção especial pela qualidade e pela perfeição técnica. Foi assim desde o início, quando o grupo foi fundado por Giulia Staccioli e Andrea Zorzi com a preciosa colaboração de Paola Corio Kahler, Ilaria Cavagna, Maurizio Colucci, e Daniela Vergani. A esses corajosos ?pioneiros? se deve o mérito de ter acendido a chama Kataklò dando vida a uma ?tribo? que aumentou depois com a chegada de Paolo Bucci, Irene Germini, Tiziana Di Pilato, Davide Agostini, Valentina Marino e Marco Zanotti.

Transgredir as regras, evidenciar os lugares comuns, olhar para a realidade às avessas, animar tudo aquilo que é inanimado: Kataklò aplica as mágicas regras de seu particular espetáculo a tantos ambientes expressivos: dos ?special events? realizados para importantes empresas e manifestações esportivas, as intervenções televisionadas, ?workshop?, ?stage?, congressos. Assim a linguagem Kataklò sai dos confins do teatro e conquista um público sempre maior e apaixonado.

?Movimentos rápidos musculares que correm no antebraço de uma arte que desfila pérolas de pura folia espalhadas sobre o palco de nossa admiração?.
(Paola Medeot)

?Indiscipline?, o primeiro espetáculo deles, foi no ano de 1996 e foi a expressão intensa e feliz do espaço artístico que os Kataklò conquistaram: o encontro de duas paixões, a dança e o esporte que se fundem uma a outra a fim de darem vida a algo único e mágico. O espetáculo se articula em tantos quadros dedicados a uma idéia do esporte em contínua evolução; visões e variações de disciplinas finalmente livres da tensão da competição expressas com concessões atlética e humorística, no ritmo de músicas envolventes.
Uma inédita e apaixonante edição de ?Indiscipline? foi apresentada em Sidney na ocasião das Olimpíadas e em Paris durante as cerimônias para os Mundiais de Futebol.

Em 1998 os Kataklò colocam em cena ?Kataklopolis? e uma cidade jamais vista antes ganha vida. A faixa de pedestre dança, os semáforos brincam com os guardas, um chiclete ganha vida, enquanto os postes de luz, ladrões, esgotos e ?out-doors? contam estórias loucas e irreais. Segundo espetáculo da companhia, ?Kataklopolis? confirma a vocação do grupo a colocar em confusão atos do espetáculo criando uma nova forma de arte cheia de humor, alegria e frescor.

?Up, energias verticais? estréia no Gran Teatro de Roma em Dezembro de 2002. O espetáculo é uma homenagem de Kataklò ao mundo natural, uma obra dedicada a montanha entendida como um lugar de expressão física e como representação de elevação espiritual. Provavelmente menos dinâmica e rápida que as produções precedentes, ?Up? parece suavizar as inclinações ao excepcional espetáculo de gestos atléticos em favor ao elemento poético-expressivo.

Em 2003 Kataklò inaugurou o espaço provas milanesas, o Studio K, com ?Katacandy?, uma viagem dançada no mundo das balas, um espetáculo para apreciar com os olhos e com o paladar, interpretado por cinco jovens atletas dançarinos que entraram recentemente na companhia. E? um espetáculo direcionado para um público jovem, no qual se misturam novas coreografias e visões de trechos do repertório.